O infravermelho é uma radiação que age numa frequência, além da capacidade humana de visão, ou seja, é invisível aos nossos olhos. Ela é liberada de todos os corpos que soltam calor e tem esse nome por estar depois da cor vermelha no espectro de cores, realizado por Isaac Newton em 1666. A experiência se baseava num prisma feito de vidro que foi posto numa posição para ser atingido por um raio de sol e, no lado oposto ao exposto pelo sol, fosse refletida essa luz na parede do cômodo. Ao escurecer o ambiente e colocar o prisma no trajeto de raio de sol, o que foi visto foi o espectro de cores formado pela tonalidades: violeta, anil, azul, verde, amarelo,laranja e vermelho.

Conforme o tempo foi passando, mais estudos foram feitos sobre esse mesmo experimento. Entre eles, o de Willian Herschel, que buscava saber qual das cores conseguiria produzir mais calor. O vermelho foi a cor com temperaturas mais altas. No entanto, numa área um pouco escura, situada depois da cor vermelha, conseguiu superar o vermelho e, por não ser visível, e por causa da sua localização no espectro, ficou conhecido como Infravermelho.

Depois das pesquisas sobre esse assunto, ele foi ganhando várias utilidades. Talvez o mais famoso seja o aplicativo de celular, em que as ondas de infravermelho são usadas para transmitir informações de um aparelho a outro.

Assim como o SMS, MMS e posteriormente o bluetooth, o infravermelho foi uma forma, além das ligações, de passar informações entre dois celulares. Assim como existe uma radiação invisível num extremo do espectro, no outro extremo também existe essa presença. Contrária ao infravermelho está a radiação ultravioleta. É também uma radiação incolor, que tem ondas menores e frequência maior do que a luz visível. O nome “ultravioleta” é comum para a maioria por estar normalmente vinculado às notícias de aquecimento global e aos cuidados que se devem ter em relação à exposição ao sol. Isso porque algumas frequências dessa radiação podem causar queimaduras e até aumentar as chances de câncer de pele.

É importante deixar claro que, apesar de ser radiação, o infravermelho não é iônico. Isso quer dizer que não ameaça a saúde humana, como as radiações alpha e beta, por exemplo. Aliás, seu uso tem ajudando o ser humano cada vez mais. Tratamentos para problemas estéticos da pele, para aliviar algumas dores e até para endurecimento de articulações, entre outros.

Origem do Infravermelho 

A radiação infravermelha são ondas de comprimento de 1 milímetro até 700 nanômetros, e, portanto, não visíveis para o olho humano. É uma radiação não ionizante, por isso, sem efeitos danosos, (sem riscos de causar males como, por exemplo, câncer). No espectro de luz, está localizado depois da luz vermelha, daí surgiu seu nome. Apesar de não poder ser vista, a radiação infravermelha pode ser notada no corpo em forma de calor: terminações nervosas, chamadas termorreceptores, conseguem captar essa radiação.

Sua descoberta vem do ano de 1880. Willian Herschel, astrônomo inglês, estava fazendo estudos relacionados à temperatura das cores. Para tal estudo, foi usado o experimento de Newton do “espectro das cores”. Newton, em 1666, fazia estudos também relativos às cores. Uma das experiências feitas por Newton foi a de usar um prisma triangular de vidro e fazer com que a luz solar passasse por ele. Isso aconteceu num cômodo escuro da casa do físico.

O resultado foi que, quando a luz do sol passava pelo prisma, essa luz se “dividia” em sete cores: violeta, azul anil, verde, amarelo, alaranjado e vermelho ( são sete cores por haver dois tons diferentes de azul, um mais escuro, chamado anil e outro mais claro). Descobriu que a luz era formada por sete cores diferentes. Mais tarde, também por Isaac Newton, foram feitos experimentos que concluíram que a cor branca é, na verdade, a junção de todas essas cores. Um desses feitos foi o disco de Newton, ou círculo cromático, que consistia num disco contendo todas as cores do espectro e que, ao girar em alta velocidade, dava impressão de ser completamente branco.

Tendo essas descobertas em mãos, Willian Herschel tentou descobrir a capacidade de cada cor em produzir calor. Para isso, usava um termômetro de mercúrio em cada uma das cores obtidas por um prisma (semelhante ao experimento de Newton). Notou-se que cada uma tinha sua porção de calor, mas que o vermelho era a que mais apresentava calor. Depois do vermelho, havia uma região sem luz, mas que conseguia produzir temperaturas maiores que o vermelho. A partir daí, descobriu que havia uma radiação, não visível, mas existente.

O comprimento de onda da radiação infravermelha está pouco acima do comprimento das ondas visíveis e está situada entre ela e as microondas. Tem, basicamente, quase todas as características das ondas que enxergamos (exceto o fato de ser visível). Dentro da classificação de radiação infravermelha, existem três, em relação ao tamanho da onda: a curta (0,5 a 1,5 micrômetros) a média ( 1,5 a 10 micrômetros) e a longa (10 a 1000 micrômetros). A curta é a mais parecida com a luz visível, sendo produzida por praticamente todas as fontes de luz. Também é captada por meios mais genéricos de estudo de luz como, por exemplo, chapas fotográficas. Já as longas e médias se assemelham menos à luz visível e são mais complexas de serem feitas e estudadas.

Animais peçonhentos como as cobras têm olhos sensíveis às ondas de 10 micrômetros, isso dá a elas o poder de enxergar a partir do calor que os corpos têm. É a mesma visão que soldados tem ao colocar óculos de visão infravermelho. Por meio dessa habilidade, as obras conseguem caçar mesmo no escuro, vendo as pressas a partir do calor de seus corpos. Igualmente soldados podem ter sua capacidade de visão ampliada em ambientes de pouca iluminação com o uso de óculos infravermelhos.