O celular é, por si só, um aparelho móvel capaz de transmitir informações. Mesmo os mais antigos passavam informação para outro dispositivo móvel, que resultava na voz e na conversa de uma pessoa com outra. Com a evolução dos celulares, novos meios de passar informações foram surgindo: mensagens que poderiam enviar fotos e músicas, infravermelho, Bluetooth e o mais recente é a implementação de internet sem fio dentro do celular pela tecnologia Wi-Fi. Essas tecnologias tornaram possíveis a realidade de usar o celular para muitas outras funções além de realizar ligações: salvar arquivos, escutar músicas, gravar vídeos, tirar fotos e outras funções foram sendo adicionadas. Para acompanhar essas melhorias, foram pensados novos modos de transmissão de informação, como a internet e o infravermelho.

Uma das primeiras formas de passar uma informação, via celular, e que não fosse através de uma ligação, foram as mensagens. No início, eram só mensagens escritas, as chamadas SMS (Short Message Service). São mensagens de texto mandadas de um aparelho celular a outro. O primeiro SMS foi mandado em dezembro de 1993, de um computador para um celular com a mensagem “Feliz Natal”. Depois da mensagem SMS, foi criada a MMS (Multimedia Messaging Service) que teria como diferencial a capacidade de incluir imagens e músicas nas mensagens, além do texto. Espera-se que seja uma transição dos serviços de SMS para o de MMS e que esse novo sistema de mensagens possa ocupar grande parte do mercado de mensagens.

Os celulares foram evoluindo até que o com chip passou a ser popularizado. O chamado cartão SIM (Subscriber Identify Module) abriu espaço para que, pouco tempo depois, houvesse celulares com cartão de memória. Isso dava possibilidade de armazenar mais dados no celular, já que antes disso só era possível usar a capacidade do próprio aparelho, que algumas vezes é bastante pequena em relação a um cartão de memória. Músicas, imagens e texto passaram a ser arquivos guardados em celulares. Para passar esses conteúdos de um aparelho a outro, foi criado o infravermelho.

A tecnologia de infravermelho para celulares consiste na intenção da troca de informações entre dois aparelhos. Essa troca acontece pelas ondas de radiação infravermelha. Os dados são passados numa velocidade relativamente baixa; portanto, o melhor é evitar passar arquivos pesados por infravermelho. Para fazer essa operação, deve-se ativar o recurso de infravermelho dos dois celulares. Depois disso, se junta os dois para que as ondas do aparelho, do que vai enviar as informações, encontre o receptor do celular que receberá. Pela baixa velocidade de transmissão e por os celulares contarem com recursos cada vez mais complexos e pesados, o infravermelho deu lugar ao Bluetooth.

O Bluetooth, assim como o infravermelho, serve para a transmissão de dados entre aparelhos sem o uso de cabos. Seu nome, que traduzido para o português quer dizer “dente azul”, é uma homenagem a Harald Blatand, rei escandinavo que era conhecido como Harold Bluetooth. No século X, ele uniu as tribos Vikings, o que deu origem à Noruega e a Dinamarca. Devido à importância desses países para o desenvolvimento das telecomunicações, foi decidido fazer tal homenagem. A tecnologia Bluetooth é usada para vários aparelhos além do celular, existem fones, impressoras e outros aparelhos ativados por meio dessa tecnologia. É baseada na transmissão de dados a partir de ondas de rádio. Apresenta uma velocidade de transmissão bem maior que o infravermelho, sendo usado para passar arquivos como músicas, vídeos e outros.

Além disso, esse compartilhamento de dados pode ser feito numa distância maior que o infravermelho: enquanto o antigo exigia que os aparelhos ficassem encostados um no outro, o Bluetooth tem uma região, uma área limite, em que os dois celulares devem estar para realizar a transferência. Essa capacidade de transmitir dados, mesmo tendo uma certa distância do outro aparelho, se deve às chamadas “áreas de transferência”. Dependendo da “classe” do Bluetooth, essa distância pode variar. São três classes: a classe um consegue transferir dados desde que a distância entre os dois aparelhos seja de até 100 metros. A classe dois pode fazer a transferência em até dez metros e a classe três em mais ou menos um metro de distância.

O próximo passo da evolução de transferência de dados pelos celulares fica por conta de uma velha conhecida: a internet. Os celulares mais recentes já vêm com a capacidade de capturar sinais de redes de internet sem fio (WLAN). A WLAN significa Wireless Local Area Network é, como o próprio nome diz, uma área em que há internet. Com os receptores, os celulares passaram a ter fácil acesso a internet. Para tanto, foi necessário um certo esforço de empresas que querem ter seus sites nessa nova mídia, já que requer versões mobile. Questões como tamanho de imagens, peso de alguns links têm de ser revistos para que os celulares possam exibi-los sem problemas. As chamadas “versões mobiles” estão cada vez mais numerosas, prevendo uma quantidade cada vez maior de pessoas que acessam a internet por meio do celular.